Recentemente, entidades do funcionalismo das três esferas fazem relatos parecidos: indivíduos se passam por advogados e enviam mensagens ou ligam para servidores, propondo a liberação de precatórios residuais. Nesses contatos feitos pelos criminosos, eles oferecem serviços para agilizar a liberação dos valores e até fornecem nomes de escritórios, incluindo aqueles que têm ações da própria entidade.
Cai quem quer
A Justiça Federal lançou uma campanha de prevenção contra golpes relacionados ao pagamento de precatórios e Requisições de Pequeno Valor (RPV) — indenizações de até 60 salários mínimos (R$ 84.720) —, especialmente após o governo federal liberar recursos para quitar dívidas judiciais. Com a divulgação sobre a liberação dos valores para milhões de pessoas, houve um aumento significativo da atividade de aproveitadores, que buscam enganar os beneficiários.
A campanha da alerta que não há nada que se possa fazer para apressar o pagamento de um precatório e orienta que qualquer pessoa que tenha valores a receber deve evitar contatos de terceiros sobre o assunto. O recomendado é sempre buscar esclarecimentos diretamente com o advogado responsável pelo processo.
A Justiça ressalta ainda que não cobra taxas para o pagamento de precatórios ou para a obtenção de declarações. E oferece algumas orientações para evitar golpes:
- Se receber ligações ou mensagens de alguém que se apresente como autorizado a transferir o crédito, interrompa o contato e procure seu advogado ou a Justiça Federal
- Caso seja contatado por alguém interessado na compra de seus créditos, tome cuidado e peça orientação a seu advogado antes de tomar qualquer decisão
- Desconfie de ofertas de pessoas desconhecidas
- Busque sempre informações oficiais sobre a previsão de pagamento de seus precatórios nos portais da Justiça Federal responsáveis
- Sempre verifique endereços e telefones em sites oficiais da Justiça Federal para garantir que está em contato com o órgão correto.
Fonte: https://extra.globo.com/